A forma como se dá a relação de casais homossexuais vem se modificando na proporção em que a sociedade tem alterado a visão/aceitação desse relacionamento.
Quando a pressão social era intensa a relação entre pessoas do sexo masculino se baseava fundamentalmente na prática sexual, seguindo as características preponderantes desse gênero. Um casal homossexual no qual os componentes eram mulheres, sobressaía-se a relação afetiva.
Com uma maior aceitação social a conformação desses casais sofre modificações e acaba por apresentar padrões de desenvolvimento semelhantes aos dos casais heterossexuais, incluindo aí as dificuldades.
Na terapia de casais um relacionamento homossexual apresenta, num primeiro nível, queixas semelhantes às dos demais casais: exclusividade sexual/traição, poder (ligado a finanças ou outro fator) e questões sexuais (libido, por exemplo).
Como a relação intra casal se dá em função da matriz de relação* de cada um de seus componentes e ela é desenvolvida na primeira infância através da relação estabelecida com os adultos significativos (pai, mãe), todo relacionamento acontece sob esse padrão adquirido na formação do indivíduo. É dessa forma que as questões conjugais de certa forma estão “impressas” em nossas mentes, mesmo muito antes de estabelecermos essas relações. Em função disso podemos admitir como verdadeira aquela imagem poética que diz: “já te amava muito antes de te conhecer”.
* para saber mais sobre a matriz de relação acesse o blog Filhos no Século XXI e busque os diversos textos que tratam desse tema, digitando essa expressão no mecanismo de pesquisa interno.
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